"Veículos com motores a combustão e elétrico podem ser a solução para diminuir a emissão de poluentes".
As marcas apostaram, e investiram alto, nos híbridos. Híbridos são veículos com dois motores: um a combustão, como já estamos acostumados, e outro elétrico; aí a novidade que já é realidade. Mas, qual a diferença e como funciona isso?!
Hoje, o motor elétrico dos carros híbridos serve principalmente para diminuir a emissão de poluentes. Ele atua em duas fases: na ignição e quando o automóvel está em baixa velocidade. Este é um exemplo com motorização híbrida, apresenta uma emissão de CO² 19% menor que um carro comum do mesmo porte e potência. Se estiver a menos de 15 quilômetros por hora, como muitas vezes acontece nos congestionamentos, ele desliga o motor a combustão automaticamente e passa a funcionar apenas através das baterias.
Existe outro híbrido é um dos mais vendidos fora do Brasil. Segundo a fabricante, em apenas três horas em 110 volts e uma hora e meia em 220, o carro está pronto para rodar até 21 quilômetros sem a necessidade de combustível. O motor elétrico de 60 kw gera até 80 cavalos de potência. E com a propulsão exclusivamente elétrica, ele pode chegar a 100 quilômetros por hora.
Muitas marcas apresentaram carros com os dois motores. Este deve estar circulando nas ruas brasileiras já em novembro. Com tecnologia avançada, ele além de ser carregado na tomada convencional, utiliza a energia gerada cada vez que o motorista pisa no freio para recarregar as baterias. Com o motor elétrico, ele chega até 75 quilômetros por hora. E o mais surpreendente; com uma potência combinada de 191 cavalos, tem o mesmo consumo de um carro um ponto zero.
Em uma categoria acima dos híbridos, estão os carros 100% elétricos. Diferente dos híbridos, a emissão de CO² é zero. Ou seja, os elétricos não poluem nada. Este ainda é apenas um carro conceito, desenvolvido para rodar até 80 quilômetros por dia em perímetro urbano. Mas a velocidade máxima é boa: 112 quilômetros por hora.
Também existe o primeiro carro 100% elétrico produzido em grande escala no mundo, como conta Carlos Murilo Moreno, diretor de marketing da Nissan. "As empresas que fazem o híbrido, partem do que existe e colocam a parte elétrica. Mas com este [o primeiro carro 100% elétrico produzido em larga escala] a empresa precisou parar, esquecer tudo o que ela sabia a respeito de combustão e realmente recriar todo o processo", diz.
Fugindo um pouco deste conceito de híbridos e elétricos, a Fiat inovou. Apresentou entre os mais de 30 modelos do estande, o protótipo Fiat Mio, construído a partir da colaboração de milhares de internautas do mundo inteiro. Sabe como?
"A gente teve mais de dois milhões de visitantes no projeto, 17 mil pessoas cadastradas e participando efetivamente em mais de 160 países, contribuindo com diferentes ideias", conta Cláudio Souza, vice-presidente de negócios e operações da Agência Click.
O Mio tem as rodas cobertas por grandes calotas, o que melhoraria a aerodinâmica. E a cabine foi inspirada em um lounge. "Nós recebemos ideias que foram pra frente. Usamos tecnologias, conteúdos e componentes para fazer um carro que eles desejavam para o futuro", comenta Peter Fassbender, gerente do Centro Estilo da Fiat América Latina.
A idéia era criar um veículo urbano, compacto e econômico e, além disso, usar energia limpa e materiais ecologicamente corretos. Mas quem escolheu tudo isso não foi a montadora, pelo contrário, eles apenas fizeram o que os consumidores pediram.
"As pessoas levaram muito a sério a questão e discutiram efetivamento o carro e tudo o que tinha a ver com ele: o design, a propulsão", explica Maria Lúcia Antônio, gerente de publicidade da Fiat.
Como deu para notar, nao foi à toa que o tema do Salão do Automóvel desse ano foi tecnologia: ela deu o tom dos corredores e das principais atrações da feira.
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