O celular Nexus One, do Google está à venda a partir de US$ 529 (R$ 924), mas é produzido com componentes que somados custam à empresa US$ 174 (R$ 304), segundo um relatório de pesquisa.
Mas os analistas dizem que a grande disparidade entre o custo dos componentes e o preço de venda não significa necessariamente que a gigante empresa de internet esteja ganhando grandes lucros, já que o preço de varejo inclui despesas como taxas de licenciamento e custos de publicidade.
Peter Misek, analista da empresa Canaccord Adams diz que diversas despesas não fazem parte do valor que calcula o gasto relacionado aos componentes.
- Não se pode basear um cálculo de margem apenas nos custos.
O Google começou na semana passada a vender o Nexus One, fabricado pela HTC, na primeira tentativa da empresa em vender seus produtos diretamente pela internet ao consumidor.
O preço de varejo é de US$ 529 (R$ 924), mas um comprador que contratar uma assinatura de dois anos com a operadora norte-americana T-Mobile USA, do grupo Deutsche Telekom, paga US$ 179 (R$ 312,50), já que a empresa cobre parte do preço.
O relatório produzido pela companhia iSuppli revela que o custo dos diversos componentes do Nexus One, entre os quais um processador Qualcomm Snapdragon de 1 gigahertz (Ghz), de US$ 30,50 (R$ 53,25) e uma tela sensível ao toque da Synaptics, por US$ 17,50 (R$ 30,57) fazem com que o valor chegue aos os US$ 174,16 (R$ 304,25).
Em nota aos investidores na semana passada, James Mitchell, analista do Google, estimou que o custo de componentes do Nexus One era de US$ 300 (R$ 524).
O custo de materiais citado pela iSuppli não inclui outros custos tais como a fabricação, programa e royalties.
O royalty é o valor que uma empresa paga para o Estado ou município para explorar um determinado recurso natural, como o petróleo, por exemplo. Paga-se também quando se usa uma marca ou patente.
Todos os custos precisam ser levados em conta para calcular a margem bruta de lucro de um produto.
Edward Snyder, analista da Charter Equity Research, disse que os fornecedores de celulares geralmente conseguem margens brutas de cerca de 30%.
Ele diz que o relatório da iSuppli sugere que o Google teria margem "justa" no produto, mas explicou que é impossível saber exatamente quanto é o lucro.
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