Nenhuma empresa cresceu tão rápida quanto o Google nos últimos anos. Como entender o segredo de um sucesso tão espontâneo? Como repetir este fenômeno? Para tentar responder a estas perguntas sugiro um modelo de gestão baseado nas informações do livro: “Google a história do negócio de mídia e tecnologia de maior sucesso dos nossos tempos” dos autores David A. Vise e Mark Malseed.
O livro mostra a trajetória de Sergey Brin e Larry Page para fundar e tornar o Google a maior ferramenta de busca da internet. O sucesso do Google mostrou que é possível crescer priorizando necessidades de usuários em detrimento de ganhar o máximo de dinheiro possível em curto prazo. Um exemplo disto e a sua página inicial, que não possui qualquer tipo de propaganda para facilitar a navegação do usuário. Além disto, seu sistema de busca mostra os resultados livre de acordos comerciais, tendo uma área especifica para isto.
O Google esta provando que primeiro deve-se fornecer um serviço útil para o usuário e só depois pensar em como ganhar dinheiro com isto. Sistematizando todas as informações, suponho que a base de tudo é um tripé que direciona todo o foco da empresa para: equipe, inovação e satisfação do usuário. O diagrama abaixo demonstra as estratégias utilizadas em cada ponta do tripé:
O resultado aprestado foi baseado em informações extraídas do livro de Vise e Malseed, transcrita abaixo e agrupadas por cada ponta do tripé:
Foco no Usuário
O Google não procura fazer tanto dinheiro quanto poderia em curto prazo. Uma visita rápida em www.google.com.br confirmará que o Google não exibe anúncios nessa página, renunciando a dezenas de milhões de dólares em rendimento bruto e lucros para dar aos usuários uma experiência de busca de maior qualidade.
Diferente da maioria das empresas, em que executivos e gerentes de produto tentam pensar em maneiras de fazer dinheiro e só então criar os produtos, o Google é um lugar onde tecnólogos pensam primeiro em maneiras de resolver problemas; somente depois, se possível, eles se preocupam em como transformá-los em dinheiro.
Enquanto seus vizinhos do Vale do Silício gastavam milhões de dólares que eles não tinham em anúncios no intervalo do Super Bowl e extravagantes estratégias de marketing, o Google crescia em popularidade e notoriedade sem gastar um tostão sequer.
Uma razão pela qual a empresa não tem necessidade de se autopromover é que sua cultura favorece um foco preciso ao atender os interesses dos usuários do Google. Estes, em troca, tornam-se seus maiores advogados.
Foco na Inovação
A alma da máquina Google é a rápida inovação, o assunto mais importante discutido em quase todas as reuniões de trabalho da empresa. Para Brin e Page, manter a inovação junto ao crescimento do Google é seu principal desafio, já que a inovação é a razão pela qual ele dispara na frente dos outros e se mantém na liderança.
Ser otimista é importante. Temos que ser meio bobos com os objetivos que estamos traçando. É preciso ter um desprezo saudável pelo impossível. É preciso tentar coisas que a maioria das pessoas não tentaria.
O único jeito de ser bem-sucedido é começar falhando várias vezes. A idéia de obter sucesso depois de repetidos fracassos, não ter medo de cair e se levantar.
Foco na Equipe
Brin e Page davam dez razões para alguém trabalhar para o Google, incluindo tecnologia de ponta, opções de ter ações da empresa, bebidas e aperitivos de graça e a idéia de que milhões de pessoas “usarão e apreciariam o seu software”.
No Google, a preferência é trabalhar em pequenas equipes de três pessoas, com empregados específicos que destinam 20% do seu tempo a explorar as idéias quais mais os interessarem.
O Google tem uma norma que dizia que os engenheiros de software tinham de passar 20% de seu tempo, ou um dia por semana, em qualquer outro projeto que os interessasse. A norma dos 20% era uma maneira de encorajar a inovação, e tanto Brin quanto Page, viam isso como essencial para estabelecer e manter a cultura certa e criar um local onde tecnólogos brilhantes quisessem trabalhar e se sentissem motivados a trazer idéias inovadoras.
O período de 20% foi inventado para as pessoas explorarem. As pessoas são produtivas quando estão trabalhando em algo que consideram importante, que tenham inventado ou em um projeto que as deixe apaixonadas.
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