Tim Berners-Lee fez afirmação durante Campus Party, em São Paulo. Ele também elogiou Barack Obama, no dia em que ele toma posse.
O programador inglês Tim Berners-Lee, conhecido como "pai" da World Wide Web, defendeu nesta terça-feira (20) o uso de telefones celulares para a promoção da inclusão digital. A afirmação foi feita durante uma entrevista coletiva à imprensa na Campus Party, encontro de tecnologia que será realizado até domingo (20) no Centro de Convenções Imigrantes, em São Paulo. A abertura oficial do evento ficou por conta de Berners-Lee.
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Confira a galeria de fotos do evento "A conexão via telefones celulares é fascinante, pois permite o acesso de pessoas que vivem em áreas rurais ou daquelas que não têm computadores", afirmou o programador. "A web representa a conexão entre pessoas, mas temos de considerar que 80% delas ainda não têm acesso a essa ferramenta", disse o especialista, lembrando que "a internet existe para servir à humanidade". Ele citou como vantagem desse tipo de acesso o fato de os telefones celulares estarem sempre com os usuários. "A mobilidade é essencial, mas não devemos esquecer de todas as outras plataformas de conectividade. Posso querer acessar informações enquanto estiver em trânsito, mas quando chegar em casa posso querer navegar usando uma tela de 52 polegadas", exemplificou. No dia da posse do presidente Barack Obama, nos Estados Unidos, Berners-Lee também elogiou a iniciativa do político em disponibilizar os dados referentes à sua forma de governo de uma forma aberta, no ambiente on-line. Tela em branco O programador comparou a web a uma tela em branco, pronta para receber "criações que nem imaginamos". "Ainda há muito por vir quando falamos de interatividade. Atualmente já temos conteúdo nesse sentido, mas uma internet aberta poderá fornecer aos desenvolvedores muitas ferramentas para a criação de novidades", disse. Ainda sobre interatividade, ele sugeriu no futuro a existência de pixels – "cada vez mais baratos" – em todas as paredes de um cômodo residencial. "Imagine como isso poderia mudar o cenário da interatividade", afirmou. Cibercrimes O especialista não quis comentar as perguntas referentes à lei brasileira que propõe o controle da internet, alegando não conhecer essas propostas. No entanto, enfatizou que a web é um ambiente de neutralidade e que cursos acadêmicos de ciências da computação podem ajudar a lidar com questões polêmicas envolvendo o ambiente virtual. "Os problemas são muitos, são grandes e temos de concentrar esforços em suas soluções", disse Berners-Lee, comentando os diversos tipos dos chamados cibercrimes. "Esse tipo de ação ruim reflete a humanidade. Vejo muitas coisas horrorosas, mas também vejo maravilhas na internet. Quando as pessoas se reúnem, os resultados são muito mais positivos do que negativos", afirmou, dizendo ser um "otimista quando se trata da humanidade". Questionado sobre o que mudaria na internet, sua resposta foi simples. "Eu tiraria as duas barras que seguem o http, antes de digitarmos um endereço virtual. Essas barras não são necessárias e nos fazem perder tempo. Mas para acabar com elas, seria necessário redesenhar todo o sistema", disse o pai da internet, conformado com o incômodo.
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Confira a galeria de fotos do evento "A conexão via telefones celulares é fascinante, pois permite o acesso de pessoas que vivem em áreas rurais ou daquelas que não têm computadores", afirmou o programador. "A web representa a conexão entre pessoas, mas temos de considerar que 80% delas ainda não têm acesso a essa ferramenta", disse o especialista, lembrando que "a internet existe para servir à humanidade". Ele citou como vantagem desse tipo de acesso o fato de os telefones celulares estarem sempre com os usuários. "A mobilidade é essencial, mas não devemos esquecer de todas as outras plataformas de conectividade. Posso querer acessar informações enquanto estiver em trânsito, mas quando chegar em casa posso querer navegar usando uma tela de 52 polegadas", exemplificou. No dia da posse do presidente Barack Obama, nos Estados Unidos, Berners-Lee também elogiou a iniciativa do político em disponibilizar os dados referentes à sua forma de governo de uma forma aberta, no ambiente on-line. Tela em branco O programador comparou a web a uma tela em branco, pronta para receber "criações que nem imaginamos". "Ainda há muito por vir quando falamos de interatividade. Atualmente já temos conteúdo nesse sentido, mas uma internet aberta poderá fornecer aos desenvolvedores muitas ferramentas para a criação de novidades", disse. Ainda sobre interatividade, ele sugeriu no futuro a existência de pixels – "cada vez mais baratos" – em todas as paredes de um cômodo residencial. "Imagine como isso poderia mudar o cenário da interatividade", afirmou. Cibercrimes O especialista não quis comentar as perguntas referentes à lei brasileira que propõe o controle da internet, alegando não conhecer essas propostas. No entanto, enfatizou que a web é um ambiente de neutralidade e que cursos acadêmicos de ciências da computação podem ajudar a lidar com questões polêmicas envolvendo o ambiente virtual. "Os problemas são muitos, são grandes e temos de concentrar esforços em suas soluções", disse Berners-Lee, comentando os diversos tipos dos chamados cibercrimes. "Esse tipo de ação ruim reflete a humanidade. Vejo muitas coisas horrorosas, mas também vejo maravilhas na internet. Quando as pessoas se reúnem, os resultados são muito mais positivos do que negativos", afirmou, dizendo ser um "otimista quando se trata da humanidade". Questionado sobre o que mudaria na internet, sua resposta foi simples. "Eu tiraria as duas barras que seguem o http, antes de digitarmos um endereço virtual. Essas barras não são necessárias e nos fazem perder tempo. Mas para acabar com elas, seria necessário redesenhar todo o sistema", disse o pai da internet, conformado com o incômodo.
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